Os jovens começaram a dar mais valor para suas escolhas, participar da sociedade, a e expressar suas idéias e lutar pelos seus direitos e igualdades. Na década de 1960, formou-se o movimento hippie nos EUA, que influenciou jovens do mundo inteiro com suas idéias de paz e amor. Protestavam contra a Guerra do Vietnã e contra o avanço imperialista americano pelo mundo. Propunham a igualdade e uma vida simples. Sua música era o rock. Os hippies foram responsáveis por vários movimentos, não só nos EUA como também em muitos outros países. Nas Universidades, os jovens faziam dos ideais hippies sua bandeira de luta para mudar o mundo.
Em março de 1968, na França, os estudantes parisienses, influenciados por esses ideais e liderados por Dany Cohn-Bendit, iniciaram uma série de protestos contra o sistema de ensino do país, pois o achavam arcaico e conservador. Esse protesto gerou uma revolta muito grande e transformou-se em crítica à sociedade da época e à política tradicional. Os jovens bloquearam as ruas de Paris, com o apoio de suas famílias, dos trabalhadores em geral e dos intelectuais, conseguindo abalar as estruturas dominantes.
Adotaram o pacifismo hippie, entregando flores aos militares designados para combatê-los.
Proclamaram a liberdade sexual e criticaram o poder. Seu slogan era "É Proibido Proibir".
O bloqueio das ruas parisienses originou o que se chamou de "Barricadas do Desejo". O presidente francês, na época, Charles De Gaulle, apoiado pelos conservadores, combateu o movimento, conseguindo dissolver os protestos. Mas a crítica ao poder e ao autoritarismo persistiu, permanecendo no cenário mundial. Os estudantes proclamaram a "Imaginação no Poder", com o desenvolvimento dos meios de comunicação e a circulação de informações de forma mais livre e aberta. Como conseqüência, o movimento dos jovens franceses influenciou praticamente todas as partes do mundo ocidental, cujos estudantes começaram a se movimentar em torno da modificação educacional, social e política. O movimento saiu, então, do cenário francês e alcançou o cenário mundial.
Na Tchecoslováquia, os estudantes resistiam à intervenção armada dos soviéticos ( agosto de 68) querendo com isso, interromper a implantação de um novo regime socialista a “Primavera de Praga” de abril de 68. E no Brasil o movimento estudantil intensificava o seu protesto contra a ditadura militar o que provocou a criação do AI5 e o fechamento do congresso nacional.
Como podemos ver, o final da década de 60 foi uma fusão entre cultura e protesto político. Um tempo de muita agitação e esperança, onde os jovens sentiam-se retraídos e incompreendidos por uma sociedade demasiadamente conservadora para compreender o novo mundo que eles estavam oferecendo.
bacanal
ResponderExcluir